segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Teaser #2

Dessa vez, deixo vocês com um momento Daniel - Paula, meu segundo casal favorito nessa história. Divirtam-se.


Eu sou real.
Paula o encarou, confusa. Os olhos azuis de Daniel estavam turvos e perdidos, ela ainda não o tinha visto daquela forma. Naquele momento, dogmas se romperam e ela pode enxergar além do que via sempre. Na sua frente não estava o baterista do Blued Age ou o objeto de sua afeição. Na sua frente estava um homem, que parecia prestes a desabar, e que sofria como todos os homens que ela ainda nem tinha conhecido.
— Está tudo tão errado que eu nem sei por onde começar. — Ele disse, passando as duas mão nos cabelos loiros e finos. — Eu não posso fazer isso, Paula; eu simplesmente não posso!
— Você está me confundindo, Daniel. Eu não sei o que dizer porque não sei do que você está falando!
— Estou falando disso! — Daniel moveu as mãos com vigor, indicando algo invisível que deveria estar entre eles. — Eu e você, seja o que for que esteja havendo, está errado. Você quer algo que eu não posso dar; você quer o Blued Age e eu não posso te dar isso.
Paula arregalou os olhos e franziu o cenho.
— Dan, não é bem isso...
— Diga. — Ele se aproximou e a segurou pelos ombros. — Diga que você não vê o baterista do Blued Age quando olha para mim; diga que não é só isso que você vê! Eu posso sentir, eu sei que você não está apaixonada por mim, mas pelo que eu faço, pelo meu alterego.
Ele disse aquilo de uma forma tão sincera que ela não conseguiu processar imediatamente ou digerir muito bem. Tudo que se passou pela sua cabeça foi que Daniel tinha razão. Ela o amava, ela tinha verdadeira adoração pelo que ele era; pelo Daniel da televisão, das músicas, das entrevistas. Não era uma coisa ruim; aquele era o Daniel que ela conhecia, e ela não podia estar apaixonada pelo homem que ela não sabia quem era. Ela nem mesmo sabia que havia alguma diferença entre eles.
E ela não entendia Daniel tão paranoico por causa daquilo. Ou questionando se ela estava apaixonada por ele. Parecia óbvio, para qualquer um.
— Eu não... Eu não sei o que dizer. Você quer que eu minta, que finja não conhecer ou que finja não ser sua fã ou que finja não ter sonhos impróprios com você desde que cheguei nessa cidade? Não, melhor, que eu nunca tive nenhum sonho impróprio com você, ou que tenha escrito seu nome na minha agenda e apagado depois, porque senti-me ridícula demais? É isso que você quer, Daniel?
— Sim, minta para mim. — Ele falou em um tom alto de voz. — Porque eu não quero que você sonhe com uma ilusão, Paula. Eu quero que você sonhe comigo, eu quero que você faça coisas impróprias comigo, porque eu sou real. Aquela figura por trás da bateria é apenas uma máscara.
Como se estivesse embriagado, Daniel afastou-se de Paula e deu as costas para ela, indo embora do deck e deixando-a para trás muito mais confusa do que quando ele a tinha encontrado ali.

domingo, 23 de outubro de 2011

Margaritaville

Lá pelos idos do capítulo 11 o grupo decide passar algum tempo nesse agradável lugar - o Margaritaville. Quando estive em Cancún, ele ficava exatamente ao meu hote (Flamingo), e nós podíamos apreciar a movimentação. Bastante tequila e turistas frequentavam o lugar toda noite. Seguem então algumas fotos e informações do lugar - já ficando a sugestão para uma visita. VISITE O SITE OFICIAL.






sábado, 22 de outubro de 2011

Vídeo teaser

Brincando de testar o Keynote no meu iPad, decidi fazer uma pequena animação sobre Quando o Verão se For. O que vocês acham?

domingo, 9 de outubro de 2011

Teaser #1

Para aguçar a curiosidade dos futuros leitores, decidi postar alguns teasers de "Quando o Verão se For". Postarei um por semana, e serão sempre parágrafos curtos ou frases interessantes, que não revelem muito do enredo mas que sejam suficientes para deixar vocês animados pelo livro. O que acham?

Segue o teaser #1!!


Ainda sorrindo, ele dedilhou alguns acordes e mordeu o lábio inferior, como que se esforçando para recordar o que deveria fazer. Elisângela fechou os olhos quando ele iniciou uma melodia suave, que ela não reconheceu. A voz de Paul, que ela pouco ouvia nas músicas do Blued Age, preencheu seus ouvidos e quase a transportou para outra dimensão. Mas, antes que ela pudesse dissolver e desaparecer pela simples mágica da canção inédita que ela tinha o privilégio de ouvir, a música parou subitamente e seus lábios foram assaltados pelos dele.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Prévia do capítulo 01

Para vocês sentirem o gostinho da história, segue uma prévia do primeiro capítulo de "Quando o Verão se For"

O verão chegava. Ainda se podia sentir o cheiro de flores novas se abrindo na estação que se findava, mas o sol amarelo que brilhava imponente no céu cristalino dava provas que as altas temperaturas tinham se estabelecido. Uma brisa morna e fraca soprava as folhas das árvores, fazendo-as balançar lentamente. Um termômetro estrategicamente colocado em um poste na calçada indicava quarenta e dois graus celsius. As águas azul turquesa do mar se agitavam com violência, enquanto as ondas estouravam-se em espumas na areia branca como o mármore.

Aquele era o cenário que recebia os turistas para mais uma temporada no hemisfério norte. A bela cidade de Cancún, México, se enchia de pessoas de todas as nacionalidades, cores e línguas. Em poucos dias, as ruas estariam tomadas por americanos, europeus e asiáticos que desejavam conhecer as águas mornas do mar do Caribe. Os hotéis estavam com suas vagas esgotadas; nem mesmo os mais opulentos e luxuosos tinham quartos disponíveis para longas temporadas. O avião da Copa Airlines tinha acabado de pousar no aeroporto internacional da cidade, trazendo para aquela paisagem quatro mulheres que precisavam de uma nova perspectiva.